Há
que considerar, até por exemplos recentes, duas formas
de estruturação de Agências de Publicidade
no mercado português:
A Agência, componente directo ou indirecto de um grupo industrial ou financeiro e a Agência que sem essa ligação base de estabilidade económica se dimensiona inicialmente para o mercado potencial existente mas a que não está vinculada por laços de «grupos de empresás».
No primeiro caso, já conhecido antecipadamente o mercado real, sabendo da's capacidades e necessidades dos clientes «firmes», a Agência estrutura se dentro da dimensão adequada para prestar os serviços exigidos por esses clientes reais.
No segundo, quanto a mim, a estruturação
tem de ser feita em bases cautelosas de marketing para uso próprio
e tendo em vista o mercado potencial. Indispensável, naturalmente,
que nessa estrutura inicial, já estejam integrados os
componentes basilares, para prover às necessidades dos
clientes que, hoje em grande maioria, já` não aceitam,
felizmente, o anúncio isolado feito ao sabor (talentoso)
de um artista inspirado momentâneamente.
Depois, com o evoluir natural da Agência,
por provas dadas da sua capacidade técnica, serão
colocadas pedras de reforço nos sectores mais afectados
pela crise de crescimento.
Não pretendo de maneira nenhuma ser
dogmático, mas expresso apenas a minha teoria que, aliás,
pus em prática.
Assim, considero, sintèticamente, as questões postas, faltando talvez documentar melhor a justificação das opiniões. Este último tema tem a resposta dada pela prática, pelo dia a dia. A dimensão não é dissociável da competência técnica; repare se no exemplo colhido noutro campo de actividade bem diversa mas que está presente no nosso Mundo de hoje: os grandes exércitos clássicos têm as suas virtudes militares mas, na actualidade comprova se a cada passo a excelência operacional de «comandos» bem apetrechados táctica e tècnicamente. Apenas há que saber quando utilizar uns e outros em função do campo de batalha no nosso caso específico, das caracteristicas de mercado.