Aleksandr Sergeievitch Púchkin nasceu em 1799.
Com o Romantismo, a literatura russa alcançou um extraordinário desenvolvimento no século XIX, com escritores que exerceram profunda influência na literatura mundial (como Ivan Krilov, Vassili Andreievitch Jukovski, Mikhail Lermontov, Kondrati Rileiev, Nikolai Nekrassov, Fiodor Ivanovitch Tiutchev, Nikolai Nikolaievitch Iasikov, Ievgueni Abramovitch Baratinski e Karolina Karlovna Pavlova). Mas o grande poeta russo do século XIX e considerado o criador da literatura russa moderna é Aleksandr Púchkin. Púchkin aliava à poderosa força da sua imaginação poética uma inigualável perfeição formal. A sua obra é de inspiração romântica, mas a sua prosa de ficção inicia o realismo psicológico na literatura russa, com pinturas magistrais da vida russa da época e uma precisa caracterização dos personagens. Criou obras primas em todos os géneros. Entre os seus textos destaca se o poema narrativo Ievgueni Onegin (1823 1831; Eugênio Onegin) e a tragédia Boris Godunov (1831).
A Idade de Ouro da literatura russa surge assim com o poeta e prosista Aleksandr Sergeievitch Puchkin que encantou Dostoievski (que considerava Tatiana, heroína de Eugene Onegin, a personagem feminina mais realizada da literatura russa), Gogol (para quem A Filha do Capitão, também de sua autoria, era "decididamente a melhor obra russa do gênero narrativo") e o revolucionário comunista Lenin, que tinha nas "obras imortais e insuperáveis" do escritor a leitura nocturna preferida.
Segundo o tradutor Boris Schnaiderman, Púchkin seduz com frases directas e despojadas, difíceis de enquadrar num movimento literário os elementos românticos seriam acompanhados de outros, de ruptura. Ievgueni Onieguin, obra iniciada em 1823 e concluída em 1831, assim, combinaria episódios românticos com sorrisos demoníacos e o sarcasmo cruel se alternaria "com descrições idílicas da paisagem".
Carpeaux diz, por sua vez, que Púchkin é um criador clássico ("quem diz classissismo, diz realismo", defende), em que estão presentes personagens tipicamente russos, vivendo contradições que marcariam a vida do país no século 19, como a coexistência de grandes cidades europeizadas e de campos atrasados.
Púchkin teve uma vida conturbada. Publicou a sua primeira poesia aos 15 anos e morreu num duelo, quando tentava defender a sua honra de um galanteador francês que se envolvera, com Natalia, sua mulher. Aos 38 anos, desafiou esse jovem francês, Dantés, que a cortejava, e levou um tiro, às margens do Rio Neva. Morreu dois dias depois, no ano de 1837.