Mário de Sá Carneiro nasceu em Lisboa em 1890. Viveu a maior parte da sua vida em Paris, onde estudou Direito e onde escreveu a maior parte da sua obra. Paris sempre foi para Mário de Sá Carneiro uma cidade de fascínio e foi nela que descobriu o cubismo e o futurismo, tal como Fernando Pessoa, seu grande amigo.
Foi com Fernando Pessoa, Luís de Montalvor, Armando Côrtes Rodrigues, Alfredo Guisado e outros, que fundou a revista Orpheu, vindo esta a ter um papel fundamental na renovação da literatura portuguesa do século XX. Mário de Sá Carneiro é um dos poetas mais significativos do modernismo em Portugal. A sua obra reflecte um modo de estar e de sentir repercutido numa insatisfação constante. A sua busca, a sua procura, radica num desejo estético pela sublimação do eu.
Obras poéticas: "Dispersão" (1914), "Indícios de Oiro" (1937).
Obras de ficção: "A Confissão de Lúcio" (1914) e "Céu em Fogo" (1915).
Mário de Sá Carneiro não soube adaptar se à vida: inadaptado, acabou por destruí la matando se. Foi a impossibilidade de equilíbrio emocional que o conduziu ao suicídio. Perante o fracasso do homem, o artista floresceu em beleza e frutificou. A sua obra, aquilo que realmente ele chegou a possuir, ficou e ainda vive. Suicidou se num quarto de hotel em Paris, em 1916.