Os Postais do Oscar - 4

 

O Director de Produção de cinema Oscar Cruz emprestou me os seus albuns de postais antigos. Pouco a pouco, para fazer render o peixe, aqui vão aparecendo para nosso gozo.


Os postais foram escritos com um ano de diferênça. 1956 e 1957. A mesma data: 10 de Janeiro. Normal. Cunhada escrevia à cunhada belas palavras de aniversário.
Já agora: veja as diferenças entre os dois postais. Uma pose para várias ocasiões embora o magala seja sempre o mesmo.


Podiam os meninos e meninas aniversariantes não serem lá muito bonitos mas os que apareciam nos postais...eram uma beleza!


Ora aí temos o menino a fazer anos. Contas por alto já deve andar nos seus sessenta e tais. Pois é, meu caro Óscar, o tempo passa. A titis lembravam-se sempre do sobrinhinho pela altura do seu aniversário!...


Quando a Madeira ainda era assim...


É uma pena mas não consegui datar estes postais. Foram escritos, de certeza, nos primeiros anos do Sec. passado e mostram-nos os "chalets" da Parede dos quais, ainda existem vestígios. Espero.


A Família Feliz. Porém, comparados com muitos postais já apresentados, estes são de ontem: 1948 e 1956!


"Ontem, sábado, fomos ao animatografo..."
Pudera, o postal foi escrito em 1914. O segundo, um ano depois e apenas refere o desejo de um aniverário feliz.


E poder-se-à dizer: amor de mãe; de pequenino se torce o pepino.
Um postal é de 1936 e o outro de 1947. Pergunta pessoa: em qual dos anos nasceu o pai da Truca?


Nazaré e Vila Pouca de Aguiar entre 1910 e 1915.
Lindo!


Uma recordação para os que de lá sairam.


Não lhe vou dizer grande coisa sobre estes postais. Deixo-lhe a tarefa de decifrar o texto. Apenas acrescento que o segundo postal é anterior a 1910 e primeiro por lá anda.


Os dois postais foram escritos em 1913. No primeiro, a menina escreve à mãe dando-lhe um ralhete por esta não lhe escrever e no segundo, a professora está preocupada se a menina volta ou não ao colégio. Curiosamente, menina e professora escrevem em linhas cruzadas. No primeiro caso a dificuldade de leitura é mesmo "um labirinto".




Hoje, vale a pena tentar ler os textos dos postais. No primeiro porque há um "cochixo" que conta ao pai ausente as malandrices da filhinha e no segundo, o agradecimento pelo momento feliz da chegada, a casa, do cãozinho no dia do aniversário.
O Priemiro postal foi escrito antes de 1910 e o segundo um pouco mais tarde.


Como dizia um dos apreciadores dos Postais do Oscar: "hoje não há quem escreva com esta letra tão bem desenhada."
É verdade e estes dois postais são disso exemplo.


Chapéu de senhora e chapéu de menina. Assim se podem classificar os adornos. Os dois postais são escritos à mesma pessoa. O primeiro, já na República, a prima escreve e na segundo (faltava pouco para a chegada da República) é o tio Augusto que manda notícias. Voltamos a dar com o hábito de escrever em duas direcções. A leitura é um bocadinho incómoda mas o desejo de comunicar ultrapassa incomodidades.


No dia 31 de Dezembro de 1914 o temporal assolava a Ericeira. A Guilhermina escreve ao João e diz que estará de volta a 5 de Janeiro. Quanto ao segundo postal, não encontramos a data em que foi escrito. Fica a saudade da mãe pela filha Maria.


A "família" nos anos 50 do século passado.


O Papá escreve dois postais à filhinha que está "a banhos" com a mamã. A escrita não foi fácil porque os desenhos dos dois postais são em relevo. O ano era o de 1909. Selos da monarquia. Sobretudo o postal dos militares, macacões e bebedores vale a pena ver à lupa. Com que inimigo se brincava, nesta altura?


Não tenho forma de saber a data em que estes postais foram escritos.
Resta a indicação de que foi no tempo em que Lisboa se escrevia Lisbôa.


Ainda a Lisboa antiga. No primeiro postal (1900) a Praça da Figueira, mercado central de Lisboa, construído em 1885 e demolido em 1949.
No segundo, a da Ribeira Nova (1882-1893). Depois do incêdio que sofreu transformou-se no Mercado 24 de Julho.


Rossio de 1902 e Restauradores de 1915 em postais editados por F.A. Martins


Trinta anos separam estes dois postais. Os meninos são sempre meninos.


Um postal escrito em 1913 e outro 7 anos antes. Ambos editados pela mesma casa: Union Postale Universelle e com tema semelhante: caricaturas de figuras do início do Sec. XX. Uma curiosidade: os bonecos são em relevo.


Temos aqui dois postais mostrando a Coimbra do início do Sec. XX. O segundo está datado: 17 de Novembro de 1916. Este portal é, porém, uma raridade por outra circunstânica; a forma como é escrito, um verdadeiro quebra-cabeças. É manuscrito em três direcções diferentes e não rejeita a própria imagem de Coimbra para, além da data, sempre bem vinda, servir, também, para enviar um recado sobre costura.
No aproveitar (neste caso o espaço) é que etá o ganho.


Eram assim os camponeses do Alentejo na primeira decada do Sec XX. Guaradores de gado e mondadeiras. Quanto ao texto, o mesmo pai escreve à mesma filha enquanto viaja pelo Alentejo, na zona da Casa Branca.


Dois postais da mesma colecção - Alberto Malva, Rua S. Julião, 41 em Lisboa - mostrando gente do Alentejo. A data do primeiro: 7 de Junho de 1915!


Postais escritos em 1917 destinados à mesma pessoa. Num caso escreve a tia, no outro o papá. Um incalculável valor etnográfico nestas duas imagens. Uma brincadeira: atribuir nomes a cada um dos paricipantes na Malhada de milho no Minho.



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