Mais um por cumprir!
Prometi, na semana passada, que esta "Fofocas & Anedotas" seria já escrita conforme as regras do novo Acordo Ortográfico, o que não vai acontecer.
Por isso, mais uma promessa que não cumpro.
'Tá bem, faz de conta que sou político.
Eh, pá, a propósito: o pessoal da política anda muito por baixo.
Caiem os financeiros (será que caiem?), caiem os políticos (será que caiem?). Porque será? Serão eles, vasos comunicantes?
E já agora, visite o site do Van Dog: AQUI
As bandas já publicadas encontram-se AQUI
O festival de asneiras do "Magalhães"
Atenção, atenção!
Eu sou dos que considero como uma das muitas boas medidas tomadas por este Governo (caraças, era altura de alguém fazer alguma coisa!) a distribuição pelos putos de computadores.
Já quanto às asneiras de português nas instruções que acompanham algumas das funções do Magalhães...não dá para acreditar. O Expresso pegou no assunto e escreveu:
Há frases mal construídas, outras que começam na segunda pessoa do singular e continuam na terceira (tratam o leitor por tu e por você), expressões absurdas e frases que simplesmente não fazem sentido.
Ortografia, sintaxe e gramática - nas instruções dos jogos do computador portátil Magalhães nada resiste às inovações do "magalhanês". Há palavras repetidamente mal escritas, outras inventadas, verbos mal conjugados, vírgulas semeadas onde calha, acentos que aparecem onde não devem e não estão onde deviam.
Nalguns casos, as instruções que deviam ajudar a utilizar os jogos complicam de tal maneira que não há quem perceba o que está em causa.
Lê-se e não se acredita. "Neste processador podes escrever o texto que quiseres, gravar-lo e continuar-lo mais tarde", lê-se nas instruções do processador de texto - isso mesmo: "gravar-lo e continuar-lo". "Dirije o guindaste e copía o modelo", explicam as instruções de um puzzle - assim: "dirije" com "j" e "copía" com acento no "i". "Quando acabas-te, carrega no botão OK" - "acabas-te", em vez de "acabaste".
Tudo isto se pode ler nas instruções dos jogos que vêm instalados de origem no computador Magalhães, conforme descobriu o deputado José Paulo Carvalho, depois de navegar na área lúdica do computador.
Ontem, depois de ter sido confrontado pelo Expresso com a existência de mais de 80 erros destes no portátil que já foi distribuído a 200 mil crianças, o Ministério da Educação informou que vai pedir a todas as escolas que retirem esse software dos computadores dos seus alunos. E vai ser solicitado à JP Sá Couto, empresa fabricante do Magalhães, que não inclua esses jogos nos computadores que ainda vai produzir.
Encontra AQUI, a lista, não exaustiva, dos disparates.
Um certo olhar
Uma mulher vai num táxi à noite, com a filha de 11 anos. No caminho, a menina vê mulheres nos passeios da rua, rodando bolsinhas.
- Mãe, o que aquelas mulheres estão a fazer?
- À espera que os maridos saiam do trabalho.
O taxista rindo diz:
- Diga a verdade para a garota... Elas são prostitutas à espera de clientes que lhes paguem para fazer sexo!
Ficam todos muito calados até que a menina pergunta:
- Aquelas mulheres também tem filhos, mamã?
- Claro filha!!! Como é que tu achas que nascem os taxistas?
O Rato no Arrependimento
O Rato quer ir sentar-se em frente do altar de Nuestra Señora de la Esperanza.
Quer voltar a ouvir o andar do seu primeiro grande amor quando ele entrava na Basílica com um ramo de flores no colo.
Quer recordar a juventude dum rosto pálido, de mulher menina, que então lhe sorria na convicção que Deus a tinha guiado na escolha do homem certo para a vida inteira.
E, se tiver forças para falar, por entre soluços de angústia, sussurrar-lhe:
"Conchita, mi amor, te ruego por Dios que me perdones por todo el mal que te hice. Quiero morir en paz."
Duas rapidinhas...que não há tempo para mais:
1 - O Som de Lisboa já está na Bikini.
2 - Renato Correia já é Produtor no Som de Lisboa.
Uma com piada, enviada pelo Luís Pedro Fonseca:
A PILITA ALENTEJANA
Rija, enquanto durou.
Agora q'amolengou
e antes q'a morda a cobra,
Vou atá-la c'uma corda
Pra ela nã me fugiri.
Preciso da sacudiri,
Leva tempo pá'cordari
Já nem se sabe esticari.
Más lenta q'um caracoli,
Enrola-se-me no lençoli.
Ninguém a tira dali,
Já só dá em preguiçari.
Nada a faz alevantari
E já nã dá com o monti,
Nem água bebe na fonti.
Que bich'é que lhe mordeu?
Parece defunta, morreu.
Deu-lhe p'ra enjoari,
Nem lh'apetece cheirari.
Jovem, metia inveja.
Com más gás q'uma cerveja,
Sempre pronta p'ra brincari.
Cu diga a minha Maria,
Era de nôte e de dia.
Até as mulheres da vila,
Marcavam lugar na fila,
P'ra eu lha poder mostrari !
Uma moura a trabalhari,
Motivo do mê orgulho.
Fazia cá um barulho !
Entrava pelos quintais,
Inté espantava os animais.
Eram duas, três e quatro,
Da cozinha até ao quarto
E até debaixo da cama.
Esta bicha tinha fama.
Punha tudo em alvoroço,
Desde o mê tempo de moço.
A idade nã perdoa,
Acabô-se a vida boa !
Depois de tanto caçari,
Já merece descansari.
Contava já mê avô:
"Niuma rata lhe escapou !"
É o sangui das gerações.
Mas nada de confusões,
Pois esta estória aqui escrita,
É da minha gata, a Pilita !
Há 79 anos era assim:
Poema vadio
Um poema de António Ramos Rosa
(Clique na imagem)
E, até à próxima semana...com mais molho!